Oiê, meninas!
Vou falar aqui de um assunto que não domino nada, mas o conteúdo é gritante! Não falo como técnica ou especialista na área, é apenas um desabafo de mãe...
Vocês já ouviram falar do PL 193/2016 - Escola Sem
Partido? Estão acompanhando a polêmica envolta dele?
Resolvi fazer uma postagem sobre o assunto
porque afeta diretamente aos nossos filhos, sobrinhos, netos e toda e qualquer
criança e jovem matriculados em escolas publicas e/ou privadas.
Considerando o momento que o país vive, da intolerância
aos casos de desigualdade de gênero, racismos, homofobia, bullyng de todas as
formas, a polemica envolvendo o afastamento da presidenta Dilma, se foi golpe
ou é a democracia que está tendo voz? A crise econômica no país e em boa parte
do mundo, como vamos estar preparadas paras as mudanças que estão ocorrendo em
nossa volta?
Esse projeto de Lei tem o objetivo de
restringir o conteúdo, disciplina e informações em sala de aula transmitida
pelo professor nas series iniciais do ensino fundamental e ensino médio.
Não quero discutir o método utilizado,
considerando que o projeto acerta na preocupação do que está sendo ensinado em
sala de aula para nossos alunos, por isso, vou deixar o link com a Lei completa
para que vocês tirem suas próprias conclusões...
Acontece que especialistas da área da educação
acusam o projeto e seus apoiadores de ser obsoleto e arcaico, de agirem camufladamente
levando uma mensagem de conservadorismo, proibindo a plena liberdade de
expressão, e evitando o pensamento crítico, tão incentivado nas escolas...
Penso, logo existo! Como vou descobrir minha existência se não me deixam
pensar? Na verdade, a Lei não diz isso, a Lei preocupa-se com o que o professor
pode levar de conteúdo e informações ideológicas, politicas e religiosas que
podem influenciar os alunos?
Enquanto a classe está nas ruas pedindo o
arquivamento da Lei, argumentando que a escola perderá o direito de livre
expressão, em contrapartida, políticos e apoiadores do projeto, pais e
responsáveis lutam pela aprovação, considerando o desespero que sofreram em
2013 com a suposta distribuição da Cartilha de Orientação Sexual nas escolas
com objetivo de educar crianças de 6 a 12 anos.
Se a Lei tem boa intenção de preocupar-se, mas
erra no método, eu não sei! Deixe os especialistas discutirem isso! Contudo, sou
professora e mãe, e como tal, não quero ver meus filhos servindo de plateia para
ideologias pessoais, politicas e religiosas de professor nenhum!
Repito, sou professora, e embora não esteja em
sala de aula há algum tempo, sei da importância de se dar uma aula aberta a
diálogos, críticas e questionamentos, que trabalhar o pensamento crítico é
fundamental para chegar a qualquer resposta.
Sei e apoio a iniciativa dos professores de não
se submeter a placas e cartazes impostos em sala de aula com regras do que é ou
não proibido discutir em sala de aula, o que cabe aqui é o bom senso. Mas deve ter muito cuidado.
É importante que a escola ensine, de forma pedagógica e cientifica, sobre os cuidados com o corpo e a importância de vigiar e denunciar quaisquer atitudes suspeitas, e sobre os riscos e as consequências de ter uma relação sexual precoce. Ainda assim, com muito respeito e cautela para não invadir a privacidade do núcleo familiar.
Ora, o professor, mesmo sem falar uma única
palavra, já consegue influenciar seus alunos simplesmente com a roupa que veste,
o celular que usa, o jeito que prende o cabelo e até no modo de cumprimentar,
imagine se esse professor tiver a intenção de influenciar seus alunos? Haja
discussão em casa para tirar aquilo da cabeça deles, principalmente dos
menores. Todo professor sabe a força que tem nas palavras!
Sei que muitos questionam a Lei enquanto as
redes sociais estão gratuitamente abertas diariamente, abraçando nossos filhos com imagens
coloridas, pensamentos, músicas, piadas, influências de youtubers, sites,
blogs, spans a todo instante até por meio de um mero celularzinho conectado ao
wi-fi... por isso mesmo, mais um motivo para nos preocuparmos! Haja vista que já lutamos contra
esse terrível mal e contra lobos disfarçados de ovelhas que a todo tempo se
apresenta aos nossos filhos, logo, o que eu puder fazer para dificultar e
impedir certos assuntos de chegarem aos meus filhos, isso farei! Além do que,
permitir o debate de certos temas em sala de aula onde as crianças passam a maioria do tempo é dar um tiro no pé!
Já é uma luta convencê-los de não se deixarem
levar pelos conselhos de seus “colegas”, imagine adultos, com opinião formada e
com tanta referências para eles?
Professores, temos que lutar por todo e
qualquer direito a liberdade de expressão, contudo, vamos usar o bom senso e
deixar assuntos delicados para serem tratados em casa, no bojo familiar.
Professor, pare um pouquinho... pense em um
assunto que considere injusto, cruel, imoral, grosseiro e até obsceno...
Coloque seu filho de seis ou doze anos sentado ouvindo e debatendo.

