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6 de jun. de 2025

Escrealmar





Escrealma


Escrevia até a alma desbotar.

Escrealmar já me habitava:

O eco, o discurso, o desejo — tudo em mim pulsava,


na pele, no silêncio. Só depois chegava ao papel.


Era o verbo.

Era a alma que se escrevia.

Era escrealma.


A escrita não é apenas expressa, 

ela desgasta a alma no processo, 

mas só assim encontra sossego. 


Ela pulsa insistentemente, 

transformando a dor em palavra, 

peso em propósito.

É um sacrifício voluntário da alma 

Para dar forma ao que precisa ser dito. 


Era a alma desbotando era escrealma 

26 de abr. de 2025

Entre Gente e Máquina - A Onda da Inteligência Artificial






Pode eliminar gente?

Robô acha que pode,

afinal, robô não é gente!


E se o robô virar gente?

Não gente-gente como a gente,

mas máquina humanizada,

como esses robôs inteligentes.

Aí pode eliminar?


É preciso saber identificar,

a partir de agora,

quem é gente e quem não é.


Com essa tal Inteligência Artificial

ninguém mais sabe o que ela é.


Dizem que essa IA vem para ajudar a gente;

mas tem quem diga que ela veio mesmo

foi para eliminar.


Só se for ela mesma,

para essa onda não afogar.


Eliminar mesmo acho que não pode;

ou melhor, acho que não dá.

Porque essa onda é tão gigante:

Que já não tem mais como parar.


A sugestão é conter,

dizem os especialistas,

para um tsunami não virar.


Fiquemos todos atentos

com a nova onda que está para chegar.


Ela vem para facilitar a vida de muita gente;

mas também para apavorar.


Não tem para onde fugir,

dizem os engenheiros de IA.


Não adianta correr,

Não adianta parar.


Se correr, a IA pega.

Se ficar, a IA come.


Temos que, ao menos;

aprender a nadar.


Por Paula Araújo


31 de ago. de 2023

Mulher Multitarefas - O céu é o limite!

    Nossa, meninas! Quanto tempo sem passar por aqui. Dessa vez demorou mesmo😜.

    Bem, como a gente sempre fala, lugar de mulher é onde a gente quer, no entanto, não é nada fácil estar onde desejamos. Primeiro, que na condição de mulher e, sobretudo, de mãe, há inúmeras condições e prioridades na nossa vida que dificulta e até nos impede de estarmos onde queremos.

    A mulher tem toda a questão de cuidar do casamento(para as que são casadas) e ainda tem aquelas com a responsabilidade pelo cuidado da família, sobretudo dos idosos da casa(mas isso será uma nova postagem que farei na semana seguinte). Para as mães, dificilmente sobra tempo para investimento pessoal e/ou profissional, além do acadêmico, sendo esse quase impossível!

    Bom, acontece que nesse período afastada, com as crianças já maiores: Luiza, a primogênita de 18 anos e já estudante de psicologia que me enche de orgulho; e João, caçula de 13 anos no 7º ano e destaque de turma pelo segundo ano consecutivo, eu fui me organizando a fim de encontrar espaço em uma agenda tão apertada com atividades profissionais, atividades domésticas(já que nunca tive empregada e nem mesmo faxineira) e cuidados diários com a família. 

    Nessa perspectiva, com nova organização de afazeres, que nem sempre é possível priorizar nossas vontades, me vi ajustando horários antes mesmo de amanhecer, ou utilizando do tempo do percurso no trânsito em trajetos de carro, ou no transporte publico enquanto ia trabalhar, visando me preparar para voltar à vida acadêmica, já que havia concluído minha licenciatura em Letras Português/Inglês em 2008 e não estudado mais. Isso, porque havia feito supletivo 10 anos antes para concluir o ensino médio. 

     Minha estratégia foi iniciar como aluna especial de disciplinas específicas em instituições conceituada, como a Fundação Fiocruz. Fiz quatro disciplinas do mestrado em políticas públicas em saúde, adquiri conhecimento e segui tentando aprovação no processo seletivo na área de meu interesse, sendo as políticas públicas para infância e juventude.

    Comecei a estudar e passei num processo seletivo da Universidade de Brasília, do qual conquistei o título de Especialista em Políticas Públicas em Infância, Juventude e Diversidade em 2020, que muito me encheu de orgulho. Já no início de 2022, consegui ser aprovada no processo para um Mestrado Profissional em Políticas Públicas, Infância e Juventude, também pela Universidade de Brasília, em que me encontro na fase final de defessa da dissertação. Na minha ótica, atuar na área da infância, adolescência e juventude é uma perspectiva da política pública que cuidará do nosso futuro, e, portanto, prioritária para o nosso país. 

   

Link da minha Dissertação de Mestrado

Dissertação de Mestrado -UNB


    



    Não foi e não é nada fácil conseguir alcançar esses espaços públicos, sobretudo acadêmicos. A Mulher dificilmente consegue conciliar tempo para cuidados pessoais, domésticos, familiares, profissionais e para os estudos. Numa escala de prioridade, arrisco apontar que a trajetória e formação acadêmica ocupa o último lugar, considerando que para a maioria absoluta das mulheres do nosso país, o trabalho não é facultativo, tendo em vista ser indispensável para complementar a renda do marido(para as casadas) e/ou mesmo manter o alimento na mesa para as mães-solo brasileiras, dificultando que nós, mulheres, possamos continuar estudando. 

    Nunca foi nem será fácil mesmo! Ou melhor, lutamos dia a dia para conseguirmos disputar com outras camadas da sociedade de igual para igual. Para nós, mulheres, há um abismo que separa nossos deveres dos nossos direitos, nossas obrigações das nossas vontades, nossas responsabilidades dos nossos sonhos. Mas não desistiremos!ninguém solta a mão de ninguém!

    Se você mulher, mulher-mãe, mulher idosa, ou mesmo menina, que sonha com uma formação profissional e acadêmica e nunca pode investir nisso, saiba que há esperanças para você. Há caminhos e ferramentas que você pode utilizar para facilitar essa conquista. Não deixe de sonhar! Para mim, também parecia impossível, até eu ir lá fazer. Estou finalizando meu mestrado e com indicação de iniciar doutorado no próximo ano. Deus tem cuidado de tudo e abençoado nossas escolhas. Faça também a sua, Ele te dará condições de vencer todos os obstáculos.

    Estamos aqui para ajudar vocês, mulheres e meninas. 




16 de abr. de 2020

Ensino Domiciliar: Desafio para os Pais em Tempos de Pandemia





     O Brasil não detêm acessibilidade aos serviços indispensáveis ao desenvolvimento social para toda a população, mesmo figurando entre as maiores nações em termos de geração de riqueza, continua revelando elevados índices de desigualdade social, sem apresentar qualquer delineamento de politicas sociais que possa mudar esse cenário, no sentido de construir uma sociedade mais equitativa.

          Com a Pandemia do Covid-19(Coronavirus), a precaridade do Sistema se destaca, sobretudo nos eixos da Saúde, Economia e Educação. A Saúde com serviços limitados, a Educação sem estratégias de atendimento igualitário para mais de 48 milhões de alunos matriculados, desde o ensino básico infantil ate o ensino médio, segundo o Censo de 2019, e a Economia, com a fragilização dos vínculos empregatícios e o desemprego, somando à herança de um mercado de trabalho amplamente baseado no setor informal, cuja parcela predominante da população já não tinha proteções sociais do governo, e agora com a suspensão das atividades comerciais, na maioria informais, veio a colapsar.
          Essa instabilidade comercial, unida a falta de medidas efetivas de redistribuição de renda, além de agravar as necessidades imediatas da população mais vulnerável, aumenta as desigualdades sociais, destacando a separação da sociedade em dois grupos: os ostensivos  ícones de riqueza, com privilégio de aguardar seus salários caírem em contas bancarias, no conforto e segurança de suas casas, e a grande massa operaria, que precisa enfrentar ônibus lotado diariamente para garantir seus empregos e renda, e levar o Pão Nosso de cada dia para suas mesas.

         Mas nosso post de hoje é sobre o desafio dos pais (meros mortais em dias de distanciamento social), que além de sofrerem a pressão psicológica do trabalho com possíveis demissões e imposição de férias coletivas, (privilegio para os que ainda tem trabalho), porque boa parte da população que depende do serviço informal está confinada para se proteger de possíveis contaminações. Contudo, esta sendo vedada dos direitos de ir e vir em busca do seu provento. Carecem ainda de saberes e criatividade que não tem para auxiliar na manutenção do aprendizado de seus filhos isolados em casa. Muitos pais com três  ou quatro crianças,

18 de jul. de 2018

O que eu quero?


O que eu Quero?


O que eu quero hoje é o mesmo que quis ontem?
E o mesmo que vou querer amanhã?

O que eu quero é para minha satisfação pessoal?
Ou só estou querendo porque outros querem também?

O que  eu quero implica em me satisfazer ao ponto de não querer mais  nada 
Ou ainda ficarei incompleta?

Talvez não tenha ainda a certeza hoje do que realmente eu quero
Mas o que eu quero, com certeza me trará a satisfação de que realmente era isso que eu queria.

Por Paula Araújos

Lutar, batalhar, sacrificar, buscar para quê? É mesmo isso que estou precisando? Isso é realmente necessário? Vou me satisfazer por completo ou tenho outra prioridade?
Vamos refletir se vale mesmo a pena... Quem não sabe aonde quer ir pode ir a qualquer lugar...

10 de jul. de 2018

A Crise da Mulher ou a Mulher da Crise?


                                                 

São muitos os desafios que a mulher encontra na caminhada em busca pela igualdade de direitos, alguns já foram superados, outros resistem em prevalecer, entretanto, diante da crise econômica que o país vive, pouco do que foi conquistado e vencido volta a se perder, ou, ao menos, estagnar para muitas mulheres hoje.

Somente com muita força de vontade é que a mulher moderna consegue driblar os problemas financeiros e se “virar nos 30”, desafiando a crise econômica brasileira.

A crise econômica contribuiu consideravelmente para o desemprego que há dois anos martiriza o país, sacrificando duplamente as mulheres. Enquanto as vagas estão à míngua numa economia enfrentando as dificuldades para sair do vermelho, a discriminação disfarçada nas instituições compromete a situação das mulheres à procura de trabalho.

Segundo o IBGE, que realiza uma pesquisa da situação da mulher no mercado de trabalho desde 2012. No primeiro levantamento, a taxa para homens desempregados era de 6,2, enquanto das mulheres atingia 10,3%. Com o passar dos anos, a diferença se reduziu timidamente, mas no último levantamento voltou a crescer com o espelho da crise refletindo portas fechadas para as trabalhadoras em busca de oportunidades.

Durante os períodos de crises, em que vagas são amplamente disputadas, as mulheres são as mais afetadas, considerando o pensamento cultural ultrapassado do país, em acreditar que o lugar da mulher é em casa e que ao trabalhar, tendem a faltar mais devido licenças maternidades, atestado para cuidar dos filhos, e tantos outros impedimentos que acometem a mulher do século XXII que é mãe, dona de casa e profissional, contudo, é ela quem contribuí também para economia do país voltar a crescer, tendo em vista sua busca por oportunidades em micro empreendimento e atividades extras… algumas, inclusive com formação superior e especialização estão se dispondo a trabalhar como babás e empregadas domésticas para suprir a necessidade da família, e dessa maneira, segurar a peteca no ar com mamadeira, vassoura e livros nas mãos.

De acordo com o IBGE, nos anos de 2013 e 2014, o número de empregados domésticos caíram, contudo, depois dessa recessão que o país passou a enfrentar desde 2015 e 2016, o contingente de trabalhadores voltou a crescer, comprovando o aglomerado de profissionais que buscaram o serviço domestico como alternativa para driblar o desemprego e auxiliar nas despesas da família.

  

21 de fev. de 2017

O que visto para trabalhar atesta meu profissionalismo?


Bom dia, meninas!

De novo, me perdi no tempo com tantos afazeres e deixei nossa página às moscas, né?
Embora eu tenha grande paixão em escrever, não tenho tido tempo para essa atividade, mas vamos lá!

Escolhi o post de hoje após ler algumas matérias falando da “obrigatoriedade” do look formal para atestar o profissionalismo.

Bem, todas sabemos que a roupa fala muito sobre a pessoa, que para o ambiente de trabalho, precisamos considerar a política da empresa, se é mais formal, muito possivelmente precisará de um look mais sério e elegante, entretanto, se não tem a necessidade de tanta seriedade, temos que ter o mínimo de bom senso na hora de escolher a roupa que vamos vestir.

Eu, particularmente já trabalhei em órgãos do poder executivo e legislativo, da capital Federal e tive que acordar horas antes do início do expediente para escolher aquela saia social com meia, escarpim e camisa de seda para me vestir impecavelmente com acessórios chiques, cabelos escovados e uma unha bem feita. E embora eu me sentisse elegante e poderosa, me comprometia muito com custo financeiro(comprando, roupas, sapatos todo mês) e ainda o tempo que necessitava para me preparar para o dia de trabalho... Aaaai como eu sofria! Rsrs...

Acredito que esse dilema é de uma grande parcela da população feminina, ainda que não seja para cumprir expediente em órgãos do governo, mas mesmo uma professora, uma recepcionista ou uma vendedora, passa horas na frente do espelho para decidir o que usar para trabalhar, e essa postagem é mais um desabafo mesmo, considerando que essa realidade afeta muitas de nós; e em determinado momento da vida, não sei se o porquê conquistamos o nosso espaço ou porque cansamos desse investimento que, no fundo é mais para os outros que para nós mesmas, mas chega uma hora que tudo que queremos é colocar aquele jeans, uma sapatilha confortável, bater o cabelo após lavar ou fazer o prático rabo de cavalo e ir à luta! Afinal, não são nossas vestimentas que nos fazem boas profissionais, mas o comprometimento e dedicação pelo que fazemos.


Está bem!  Sabemos que em dias especiais, talvez aquele dia de reunião, ou uma apresentação em público, precisamos investir mais no look do dia, mas não tem necessidade de tanto exagero se vou chegar na sala, sentar no computador e digitar horas a fio... ou passar o dia inteiro convencendo clientes chatos e exigentes a comprar produtos ou serviços que estamos vendendo, ou mesmo dominar uma sala com uma turma cheia de alunos adolescentes que não param de conversar enquanto tentamos explicar a matéria.

Sei que vou falar de situações de décadas atrás, mas a biografia de Steve Jobs detalha direitinho o início da carreira dele, que nunca se importava com a opinião das pessoas e ia trabalhar de bermuda e chinelo, às vezes até descalços. hehehe...  Ele era um gênio e se tornou um bilionário! Quem o julgaria pelo que ele vestia? Ninguém!

Infelizmente ainda tem empresas insistindo em viver do passado, empresas quadradas, escritórios engessados, certinhos, sem nenhuma visão de dinamismo e cheio de burocracias. Mas hoje, em pleno século XXI, as maiores empresas não controlam mais seus funcionários com cartão de ponto, pelo contrário, dão mais liberdade: quanto o que vestir, como executar o trabalho: se na hora do almoço ou nos fins de semana... Usar jeans e tênis não vai definir o nível do profissionalismo de ninguém!

As empresas devem ser mais liberais... em anos de crises e dificuldades como o que estamos vivendo, a última coisa que queremos é gastar nosso suado dinheirinho em roupas novas e horas no salão de beleza enquanto podemos muito bem nos apresentarmos com o que temos em casa.

Ou as empresas se adaptam ao novo formato, ou terão que gastar tempo e dinheiro tentando motivar funcionários a continuarem no pique para não perdê-los para empresas mais liberais, ou então gastando tempo e dinheiro com capacitações de novos funcionários até esses mesmos se desmotivarem e saírem também.

Meninas, é disso que estou falando! Precisamos nos vestir a fim de nos sentirmos bem e confortáveis, independentemente do que as pessoas dirão! Não é porque não faço a unha toda semana e só uso jeans que não sei redigir um bom texto, ou falar educadamente, ou vender grandes produtos, ou cumprir com uma missão dada pela chefia da minha empresa. Com bom senso na escolha do que vestir, que não seja indecente, ou algo extravagante que chame muito a atenção, ou em trajes mal conservados e sujos, acredito que tudo vale, do jeans com tênis até um tailleur, terno e sapato de salto! A intenção é um vestuário limpo e confortável. Comprometimento e dedicação são o que mede nosso profissionalismo, a vestimenta impecável acaba sendo apenas um cartão de visitas para a entrevista e dias de expediente especiais.